Vem aí o Festival Terra Sem Sombra “para mudar o mundo”

16 mar, 2012 • Ângela Roque

Paulo Pinamonti não esquece o entusiasmo que prévias edições causaram no público alentejano.

Vem aí o Festival Terra Sem Sombra “para mudar o mundo”
A música, o património e a biodiversidade são os eixos dinamizadores da Oitava Edição do Festival Terras Sem Sombra, que arranca dia 24 de Março. O programa, apresentado esta tarde, inclui seis concertos em igrejas da Diocese de Beja.

Paulo Pinamonti, o director artístico do Festival, espera que a iniciativa continue a emocionar os portugueses, como aconteceu na edição do ano passado, provando que a música, mesmo a erudita, pode ser apreciada pelo público não especializado

“O entusiasmo que manifestou o público foi uma experiência importante e feliz que me mostrou mais uma vez que a música tem esta capacidade. O público ficou emocionado, mas não foi só o público educado e culto, acostumado a ir aos concertos e que tem uma boa discoteca em casa, não, o público que se calhar era a primeira vez que ouvia um concerto como este”, diz este italiano, “a música é uma parte essencial da vida”, conclui.

José António Falcão, responsável pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, realça uma particularidade do público do Alentejo em relação à música: “No Alentejo a música é uma coisa que é aceite com um carácter religioso. Quando a música se produz, se canta, as pessoas param, o mundo pára e há uma concentração muito grande e um respeito enorme por esta actividade.”

José Falcão quer que este festival, que vai na sua oitava edição, mude mesmo o mundo: “Podemos dizer que a beleza transforma o mundo e nós queremos que este festival, à sua escala, possa dar um pequeno contributo para isso”.

O Festival "Terras Sem Sombra" arranca dia 24. A edição deste ano é consagrada à importância do canto na música religiosa.

A iniciativa conta com o alto patrocínio do presidente da República, Cavaco Silva, e do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.